Papillon ao vivo (Ep1) @ FSP-PM 2023.07.01

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Added by miamigo
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O MELHOR do HIP HOP - BEST RAPPER TUGA!!!
"Regressemos, por um momento, ao ano de 2018. (...) Nesse dia, aterrava no mundo Deepak Looper, disco com que Rui Pereira – que mais conhecemos como Papillon – ingressou nas aventuras a solo. Se o caminho que já havia traçado lado-a-lado com os seus GROGNation era um de reconhecimento, com Deepak Looper o artista de Mem Martins confirmou-se como um inovador, um storyteller nato, um MC com a capacidade delicada de ombrear a palavra com agressividade e melodia, levando-nos numa viagem pela escola da vida. Brincando um pouco com as palavras, e para quem só comia, cagava e dormia, Papi tinha-nos acabado de brindar com um enorme trabalho.
Foi o disco nacional do ano para o Rimas e Batidas. Merecido.
Volvidos quatro anos, muito mudou – para Papillon e para o mundo. Deepak Looper já faz parte (muito merecidamente) do panteão do hip hop tuga. Papillon cresceu, amadureceu, fez experimentações. Aconteceu uma pandemia. A vida mudou. Os GROGNation terminaram. Jony Driver foi lançado.
Quando falamos de um segundo disco, surge sempre à cabeça a discussão, o velho tópico de sophomore slump, ou seja, o segundo lançamento de um artista não corresponder à qualidade do primeiro. Num primeiro disco, um artista tem a vida toda para se preparar – no segundo, o tempo existente já é inferior. Corre-se o risco de a coisa não ficar tão aprimorada. No caso de Papillon, podemos dizer que a expectativa e, consequentemente, a pressão sentida era elevada. Deepak Looper, criado com a ajuda de Slow J¸ responsável pela produção-executiva do álbum, é uma epopeia de 13 estórias da vida de Papi, contadas com o dedo de quem tem o dom da palavra, ornadas por instrumentais que, se por um lado mostravam que Papi e J estavam a par das tendências – e sabiam como utilizá-las para inovar (Deepak Looper é um trabalho bem eclético) –, servem também como backdrop para o storytelling, cavalgando ondas de emoção pujante (nunca nos iremos cansar de “Impasse”) e nostalgia – uma guitarra suave bem posicionada, uma bateria mais espaçosa, um sintetizador mais onírico – que soam como parte da criação do presente. É Papi a transportar-nos por reflexões e considerações de alguém que se mostra estudante da vida. Das situações. De quem o rodeia.
(...) Tal como Deepak Looper, Jony Driver é uma epopeia cinematográfica (a curta de apresentação do disco também aponta nesse sentido) onde a personagem principal são as estórias, antigas e novas, de Papillon. E quando falamos de uma epopeia, não estamos a gozar – Jony Driver tem 13 músicas e 78 minutos de duração, com praticamente todas as faixas a caminhar ou próximas ou acima dos 6 minutos de duração. Arrojado? Sem dúvida, especialmente numa era em que o single é cada vez mais privilegiado ao invés do conceito de álbum. Se podia ser de outra maneira? Não. É denso, o tipo de disco que, com a cultura certa, iria merecer muitas contribuições sobre o significado da sua poesia no Genius. Todavia, assim se requer. A vida também o assim é – densa e complexa, recheada de cinzentos por explorar.
Papillon tem, em si, uma capacidade para se desafiar e parar quebrar pré-concepções sobre a sua música e, em Jony Driver, essa parte do seu ADN torna-se o ponto-chave para entender, pelo menos, as primeiras valências do álbum. Musicalmente, é um disco tão ou mais eclético que Deepak Looper, progressivo nas suas explorações de sons contemporâneos do hip hop e além. Para o ajudar, a lista de ajudantes é de peso. Charlie Beats, lado-a-lado com Papillon, assume as rédeas da produção de grande parte do disco, ficha onde ainda encontramos créditos nos instrumentais de Slow J, Juzicy, Holly, Fumaxa, Nadav e Boss AC.
As faixas longas de Jony Driver oferecem tempo e espaço para existirem as mais variedades paisagens sonoras ao longo do disco.
(...)
O edifício que se ergue em Jony Driver vive muito das nuances existentes entre a pujança emocional, quasi-indomável de Papillon a lutar contra a passagem do tempo, do avançar da vida, com momentos de reflexão em que se posiciona no presente a lidar com aquilo que passou (e, por consequência, prepara o seu futuro).
(...)Em “Fe.”, faixa mais curta do disco, Papillon adapta-se, sem problema, ao instrumental tristonho e noturno, cantando um refrão cuja melodia é deliciosa – “Guarda um lugar para mim até voltar a te encontrar/ Que a eterna chama te ilumine, tenho fé que tudo vai passar/ Eu sei que sim, eu sei que sim/Eu sei que sim, eu sei”.
(...) “Hoje eu faço parte da música e ela é parte do que eu sou”.
Papi é um contador de estórias nato...
(...)"
in: https://www.rimasebatidas.pt/papillon-jony-driver/
#PAPILLON #bestrappers #JONYDRIVER
Category
Tavira
Tags
WET BED GANG SHOW completo, Jimmy P, Plutonio ao vivo

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