Silves 2016 03 26

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Silves é uma cidade portuguesa no Distrito de Faro, região e sub-região do Algarve, com cerca de 6 300 habitantes.

É sede de um município com 680,06 km² de área e 37 126 habitantes, subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Ourique, a nordeste por Almodôvar, a leste por Loulé, a sueste por Albufeira, a sudoeste por Lagoa, a oeste por Portimão e Monchique, a noroeste por Odemira e a sul tem litoral no oceano Atlântico.

Pertence à rede das Cidades Cittaslow.

Silves foi, em séculos passados, capital do Algarve, mas perdeu esse estatuto, em parte, devido ao assoreamento do rio Arade, que diminuiu a sua importância económica.

Anteriormente, durante o domínio romano, chamar-se-ia Cilpes, nome que surge em algumas moedas romanas cunhadas nesse local no Século I a.C.. Um dos espécimes encontrados apresenta no obverso o nome CILPES entre duas espigas deitadas e no reverso um cavalo a galope, para a esquerda.

A primitiva ocupação humana da colina de Silves remonta à pré-história, acreditando-se que, no primeiro milênio a.C., navegadores Fenícios tenham penetrado no rio Arade, navegável até fins da Idade Média, e que, posteriormente, tenha conhecido a presença Romana, que aqui explorou uma jazida de cobre, conforme os testemunhos arqueológicos. Alguns autores pretendem que teriam sido estes os responsáveis por uma primeira fortificação, entre os séculos IV e V, também atribuída aos Visigodos que se lhes sucederam.

A partir do século VIII, diante da Invasão muçulmana da Península Ibérica, os novos senhores desta região iniciaram a fortificação de Silves (então as-Shilb), como o confirmam as recentes escavações. Graças à posição geográfica privilegiada a povoação cresceu com rapidez. Por volta do século XI, quando conheceu o apogeu, ultrapassando Ossónoba em importância, foi palco de inúmeras disputas entre príncipes muçulmanos vindo a ser conquistada pelo rei-poeta Al-Mu'tamid (1052), tornando-se sede de uma taifa. Embora uma historiografia clássica afirme que as forças de Fernando Magno conquistaram e saquearam a povoação em 1060, a realidade desse evento tem sido modernamente questionada.

Acredita-se que data deste período a configuração genérica do perímetro muralhado, envolvendo uma área de cerca de doze hectares. A muralha ameada, rasgada por três portas, era reforçada por torres de planta quadrangular. Internamente a povoação era definida por duas ruas principais, constituindo dois eixos. Junto à porta principal (Porta de Almedina, Porta de Loulé) erguia-se o vasto Palácio da Varandas, hoje desaparecido, que conhecemos pela poesia de Al-Mu'tamid.

A povoação encontra-se descrita na crônica de Xelbe, ao final do século XII, como um dinâmico centro urbano, comercial e cultural do mundo islâmico. Data do início do século XIII a reforma almóada das suas defesas, empreendida pelo último rei muçulmano, Ibn al-Mahfur, que lhe conferiu as linhas gerais que, com alterações, chegaram aos nossos dias.

À época da Reconquista cristã da península Ibérica, o monarca português D. Sancho I (1185-1211) também foi atraído pela prosperidade deste enclave. No início do ano de 1189, com o auxílio de uma frota de cruzados Dinamarqueses e Frísios, conquistou preliminarmente o vizinho Castelo de Alvor. No Verão do mesmo ano, com o auxílio de uma nova frota de cruzados, agora de Ingleses e Alemães, intenta, a partir da segunda quinzena de Julho, a conquista de Silves, a quem impôs um duro sítio. Deste episódio, chegou até nós a narrativa de um de seus participantes, que descreve a violência do cerco, assim como o emprego de uma variedade de máquinas de guerra, tais como torres de madeira, catapultas e de um "ouriço" (esfera de madeira armada com pontas de ferro), que destruiram várias torres e troços da muralha, conduzindo à rendição da povoação a 2 de Setembro, violentamente saqueada na ocasião.

A povoação e seu castelo mantiveram-se na posse de Portugal até à contra-ofensiva almóada que, sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur, em 1191, culminou com a perda de todas as conquistas cristãs nos territórios ao sul do rio Tejo, à excepção da cidade de Évora.

No ano de 1242, os cavaleiros da Ordem de Santiago, sob o comando de seu Mestre, D. Paio Peres Correia, intentou a reconquista de Silves que, entretanto, só retornou definitivamente às mãos de Portugal sob o reinado de D. Afonso III (1248-1279), em 1253, quando o seu bispado foi restaurado. O soberano concedeu à povoação o seu Foral (1266), quando terá também determinado a recuperação e reforço das suas defesas.

Quando do terramoto de 1755, a sua estrutura foi severamente danificada.

O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.
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Portimão

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